segunda-feira, 8 de abril de 2019


Numa noite escura e de temporal, estava uma escultural 
loira de nome Laura na beira duma estrada secundária mal
 iluminada a pedir boleia.
Nenhum carro passava, e a tempestade estava tão furiosa que ela não
 conseguia ver dois palmos à frente do nariz. Subitamente, Laura viu 
um carro aproximar-se dela e parar. Radiante, saltou de imediato para 
dentro do carro, fechando a porta, e deparou-se com o facto de não haver
 ninguém no banco do condutor.
O carro reiniciou então a marcha, lentamente, e Laura olha para a estrada 
e vê uma curva aproximar-se, estando o carro a dirigir-se para ela 
perigosamente.
Aterrorizada, e ainda mal refeita do choque de se encontrar num carro 
fantasma, começa a rezar fervorosamente para que a sua vida seja poupada.
 E é nesse instante, quando a curva se encontra a apenas uns escassos metros
 do carro, que uma mão surge da janela do carro e move o volante.
Paralisada de terror e medo, continua a observar as constantes aparições da
 mão, antes de cada curva do caminho. Até que, reunindo as escassas forças
 que ainda possuía, salta do carro rebolando pela estrada, levanta-se e vai
 desesperada a correr para a cidade mais próxima.
Cansada, encharcada e em estado de choque, entra num café onde emborca
 de imediato duas bebidas: um Martini e Blood Mary, relatando debilmente 
o que lhe tinha acontecido, perante o olhar estarrecido dos outros clientes.
Logo depois dois homens entram no mesmo café, absolutamente
 encharcados, exclamando então um para o outro:
-Olha lá, não é aquela loira doida que entrou no nosso carro quando o 
estávamos a empurrar?

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